quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Um novo rumo...

Depois de algum tempo de reflexão surgiu uma outra ideia de abordar o tema: os heterónimos de Pessoa serão personagens interpretados por um actor. A questão documental estaria centrada no trabalho do actor durante a criação dos vários personagens.
Ainda não estamos seguros quanto à ideia, mas poderá ser um novo rumo...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Balde de água fria

A apresentação da 1ª versão do nosso guião mostrou-nos que o caminho que percorremos até então não foi o mais correcto. Apresentámos um guião de pura ficção, com a questão das matrioskas bem resolvida, mas fugindo ao género documental que se pretende. Não voltámos à estaca zero, mas estamos lá muito próximo. Vamos digerir os comentários e pensar numa outra maneira de abordar o nosso tema. Pensamos ter algo já para a próxima aula.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Da estrutura ao conteúdo...

Fechámos definitivamente a questão estrutural! O filme assentará numa estrutura de 4 blocos de 3 minutos cada, desenvolvendo em cada um deles um dos quatro heterónimos escolhidos: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Bernardo Soares e Ricardo Reis. O inicio de cada bloco será o fim do anterior, que originará um novo princípio a ser desenvolvido. Arrumada esta questão, debatemos também o primeiro esboço daquilo que virá a ser o nosso guião, concluindo para já que temos de lutar contra a vulgar visualização dos versos.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Processo I I I

E partimos da estrutura em três actos.
Cada um dos blocos, ao mesmo tempo parte e todo, teria assim, um princípio, um meio e um fim. Porém, um princípio, que fosse ao mesmo tempo fim, e um fim que também funcionasse como princípio. Tipo: pescadinha de rabo na boca. Loop. Ou a difícil estrutura em matrioska.
Mas concretizemos.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Processo II

Valia, valia. Mas como? Bem era necessário partir do princípio… E o princípio neste caso foi um fragmento de um poema de Alberto Caeiro em que este se refere ao Cristo.
O poema inteiro pode ser lido aqui, mas a parte que nos deu a ideia foi esta.

Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu…

Desta leitura surgiu a ideia que se iria transformar em ponto de vista: Um Fernando gente igual às pessoas. Eis o ponto de vista que possibilita uma abordagem singular. E em "matrioska". Mas sobre a descoberta desta forma é necessário partir de outra inspiração.

domingo, 23 de dezembro de 2007

O processo

Depois da ideia apresentada e do grupo formado, era necessário criar um documentário que não só, apresentasse um ponto de vista próprio, se distinguisse das muitas horas já feitas sobre o poeta e, se pudesse construir segundo a lógica das bonecas “matrioskas”. Descartada a hipótese de pôr um croupier chinês, a recitar a mensagem em cima do Camões – praça – ignorando ostensivamente o conceito da “matrioska”, decidimos pensar mais. E foi então que apareceram ideias como “pensar = sentir”, “a poesia é carne”, “Pessoa como pessoa”. Discutimos a dramatização de poemas, a ilustração de sensações e a interpretação de textos de pessoanos por artistas, crianças, tasqueiros etc.. Porém, nenhuma destas hipóteses satisfazia totalmente a questão da forma em “Matrioska”. Será que valeria a pena mantê-la?

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

A ver. Hoje na Cinemateca

22:00 Sala Luís de Pina
Ciclo 'Escritores no Cinema Português: Fernando Pessoa'

MENSAGEM
De Luís Vidal Lopes
Portugal, 1988 - 114 min.
Não Legendado


Luis Vidal Lopes concebeu MENSAGEM como uma “descodificação” do homónimo poema de Fernando Pessoa, fazendo o filme circular entre as evocações históricas suscitadas pelo poema e a figura do poeta. Foi realizado no ano do centenário do nascimento de Pessoa, e tem música de Wagner e canções dos Heróis do Mar. Filipe Ferrer, na pele de Pessoa, teve aqui um dos maiores desafios da sua carreira de actor.