quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Processo II

Valia, valia. Mas como? Bem era necessário partir do princípio… E o princípio neste caso foi um fragmento de um poema de Alberto Caeiro em que este se refere ao Cristo.
O poema inteiro pode ser lido aqui, mas a parte que nos deu a ideia foi esta.

Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu…

Desta leitura surgiu a ideia que se iria transformar em ponto de vista: Um Fernando gente igual às pessoas. Eis o ponto de vista que possibilita uma abordagem singular. E em "matrioska". Mas sobre a descoberta desta forma é necessário partir de outra inspiração.

1 comentário:

sara rocio disse...

O Fernando não era como as outras pessoas porque era uma pessoa mais Pessoa.

Que belo ritmo de trabalho!

Para todos um BOMBOMBOM 2008.
BJS
Sara